A
situação econômica nos últimos tempos tem sido fonte de grande preocupação em
todo o planeta, atualmente o impacto de proporção mundial da mais, nova crise
do capitalismo que a vem a devastar o continente europeu. Essa crise na Europa
é causada pela dificuldade de alguns países europeus, em pagar suas dividas
(Grécia, Portugal, Irlanda, Itália e Espanha), os países não vem conseguindo
gerar crescimento econômico suficiente, para honrar os compromissos firmados
junto aos seus credores ao longo das ultimas décadas.
A
economia mundial tem experimentado um crescimento lento, desde a crise
financeira dos EUA entre 2008 e 2009, a crise americana expôs as politicas
fiscais insustentáveis dos países na Europa e no mundo. Quando o crescimento
econômico diminui, assim como as receitas fiscais, torna os elevados déficits
(saldo negativo entre a receita e a despesa). Em alguns países, as dividas
privadas decorrentes da bolha de especulação imobiliária, foram transferidas
para a divida pública como resultado dos resgates do sistema bancário e
respostas governamentais à desaceleração das economias.
Na
Grécia, os insustentáveis compromissos salariais do setor público e de pensões
impulsionaram o aumento da dívida externa, para além das medidas politicas e
programas de resgate implementados para combater a crise da dívida pública
europeia, o Banco Central Europeu (BCE), também contribui com a redução das
taxas de juro e proporcionando créditos baratos superiores a um trilhão de
euros, para manter os fluxos monetários entre os bancos europeus.
A origem
da crise da dívida pública começou no final da década de 2000, onde a falência
do Banco Lehman Brothers em 2008 mergulhou o sistema financeiro global numa
crise, os governos de alguns estados do EUA lançaram uma operação para salvar
os bancos envolvendo somas enormes de fundos públicos a 20% do PIB mundial.
Isto conseguiu travar o agravamento da situação e o consequente colapso dos
mercados financeiros, mas não impediu o alastramento da crise à restante
economia.
Estima-se
que a Alemanha tenha obtido mais de nove bilhões de euros com a crise, com a fuga
dos investidores para os títulos de dívida do governo federal alemão, mais
seguro apesar da sua taxa de juro próxima de zero. A Suíça e Dinamarca também
beneficiaram de taxas de juros mais baixas, mas a crise também prejudicou as
suas exportações devido à substancial entrada de capital estrangeiro e a
consequente valorização do franco suíço (Moeda utilizada na Suíça).
Os
políticos europeus enfrentam uma escolha difícil: manter a união monetária em
conjunto, com todos os desafios que isso implica, ou permitir que a Grécia e
possivelmente Espanha ou a Itália saiam, um caminho que fatalmente levaria ao
caos do mercado financeiro. Como resultado, a chance de um novo choque
econômico para a região e para a economia mundial como um todo, ainda é uma
possibilidade significativa e provavelmente vai continuar assim por vários
anos.
Autora:
Claudia Albuquerque Gomes.
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